Berganês- Pesquisadores e instituições querem agilizar processo de registro da raça de ovelhas genuinamente sertaneja

A iniciativa integra o projeto intitulado "O Berganês do Sertão Pernambucano", que visa, através da pesquisa, padronizar a caracterização morfológica, produtiva e molecular desses animais. Atualmente o Estado conta com um rebanho estimado em 3 mil ovinos considerados Berganês. Por isso, é imprescindível que se conclua, o mais breve possível, o processo de registro dessa futura raça. Só com a certificação, pesquisadores, técnicos e produtores passarão a conhecer e, principalmente, disseminar com segurança, as informações sobre os animais pertencentes a este ecótipo.
Além disso, a Secretaria de Agricultura e Reforma Agrária (Sara) do Estado de PE, através do Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA), intermediará o diálogo entre os produtores e o Mapa. Também serão utilizadas as bases de pesquisa do Instituto para qualificação dos estudos que subsidiarão a criação de um plano de ação de conservação do recurso genético Berganês.
O projeto requer a utilização do Laboratório de Genoma do IPA, para a realização de pesquisas com marcadores moleculares deste ecótipo; inserção dos produtores de Berganês no Plano de Ação do IPA em 2016 e Assistência Técnica aos de produtores de ovinos Berganês, como suporte forrageiro.
Potencial
Os dados possibilitarão um melhor entendimento sobre a origem e o potencial produtivo deste grupo genético típico do Sertão Pernambucano, mais especificamente do município de Dormentes. Ao todo, o Núcleo catalogou 75 criadores em Pernambuco. Destes, 54 são do município de Dormentes, 14 de Petrolina, três de Santa Filomena, um de Afrânio e um em Terra Nova. Além de mais um criador no Senhor do Bonfim e outro em Sento Sé, ambos municípios do norte baiano.
Projeto "O berganês do Sertão Pernambucano" é apresentado ao Ministério da Agricultura